Escola em casa – Parte II
O que aprendemos até aqui?!
Amanhã, segunda- feira, dia oito de fevereiro, retomamos as atividades letivas, à distância, pela segunda vez, num período temporal inferior a um ano, em virtude da pandemia do SARSCoV2 e das medidas sanitárias em curso, designadamente da decisão de encerramento das escolas a 22 de janeiro. Assim sendo, podemos esperar que estas, e particularmente os docentes e diretores estejam agora, melhores preparados para este segundo momento da “Escola em casa”, com recurso aos meios tecnológicos necessários. Já não é uma situação nova, mas sim uma situação que foi sendo discutida, embora protelada, pelos custos inerentes (saúde mental, impacto quer no desenvolvimento socio-emocional das crianças e jovens, quer nas aprendizagens, etc), e que estava já desde o início deste ano letivo acautelada no planeamento de cada escola, em contexto de pandemia, conforme as orientações que aquelas receberam, no início do ano letivo, relativas à preparação das atividades para o presente ano letivo.

O que aprendemos então, até aqui?! Que oportunidades de desenvolvimento e mudança nas práticas educativas nos estarão estas experiencias a permitir?
Desde logo, indubitavelmente, destacar o papel determinante das tecnologias nas nossas vidas. Costumo dizer que “as tecnologias salvaram-nos!, neste contexto de pandemia em que temos vivido.” De nada adiantará sermos velhos do Restelo em relação ao papel que as tecnologias da informação e comunicação (TIC) assumiram nas várias áreas de atuação e de intervenção de cada um. Estamos num mundo global, à distância de um clique.
E assim sendo, é por demais importante aumentar a literacia digital, das crianças, jovens e adultos para o uso dos equipamentos e meios tecnológicos, tornando-os ferramentas e recursos de trabalho no processo de ensino e de aprendizagem. Este objetivo contribuirá, do meu ponto de vista, não só para a capacitação digital dos alunos, professores e das famílias, como também para que todos eles olhem para estes recursos como ferramentas e instrumentos de trabalho, e para o potencial que encerram na promoção de comportamentos saudáveis relacionados com a utilização das tecnologias, e na prevenção de eventuais comportamentos de risco, decorrentes da iliteracia digital e dos perigos que também encerram (segurança na internet, privacidade de dados, pegada digital, etc).
Muito mais do que retirar, castigar as nossas crianças e jovens pelo uso excessivo das tecnologias, devemos atribuir-lhes, outra função para além do lazer, desde cedo. Esta opção poderá fazer a diferença, tendo em conta que inevitavelmente vão fazer uso delas, e nem sempre de modo adequado e seguro, porque também não lhes foi ensinado.
Assim, desafiar os modelos de ensino e de aprendizagem, tornando-os mais apelativos, aprender a conviver saudavelmente com as tecnologias, encerra em si mesmo todo um potencial de aprendizagem, muito para além do saber manusear equipamentos e navegar na internet. Tornar as TIC recursos diários nas nossas salas de aula é uma oportunidade emergente da experiência da “Escola em casa”, e/ou à distância! Que saibamos retirar valor desta experiencia. Que as escolas se capacitem para tal.
Perfil do Autor

Últimos artigos inseridos
Castelo de Paiva2021.03.08IFRRU 2020 atinge os 800 milhões de euros de investimento em reabilitação urbana
Cultura2021.03.08“Educar em Tempos de Crise” de Sofia Tavares disponível nas livrarias já na próxima semana
Penafiel2021.03.08Centro de Vacinação de Penafiel abre portas amanhã
Cinfães2021.03.08Autarca de Cinfães realça que PRR incorpora investimentos fundamentais para o concelho e a região