ARC Alpendorada regressa aos treinos confiante no futuro e no objetivo de consolidar formação sénior na primeira divisão
Fotografia: ARC Alpendorada
Foi com uma mistura de sentimentos, confiança, mas também incerteza quanto ao futuro que a formação da ARC Alpendorada, concelho de Marco de Canaveses, regressou recentemente aos treinos pavilhão, cumprindo com todas as regras do plano de contingência e as diretrizes definidas pela Direção-Geral de Saúde.
Ao Novum Canal, Jorge Guedes, presidente da ARC Alpendorada, equipa que milita na primeira divisão do andebol feminino, realçou que além do andebol, a associação espera reiniciar a curto prazo também a modalidade de futsal.
“Acima de tudo o momento revestiu-se de alegria por vermos a satisfação das atletas a regressarem à prática desportiva em pavilhão. Mas foi também uma mistura de sentimentos relacionados com a incerteza no futuro e a confiança de que a atividade vai normalizar. Para já reiniciamos a prática no andebol e esperamos fazer o mesmo no futsal em breve. Regressamos com cuidados redobrados e algum rigor no cumprimento das recomendações da Direção Geral de Saúde. A obrigatoriedade de utilização de máscara, a medição da temperatura corporal das atletas, desinfeção das mãos em vários momentos desde a chegada à saída dos treinos, troca de calçado, circuitos de chegada e saída diferenciados e distanciamento social, são algumas das medidas implementadas para minimizarmos o risco”, disse, salientando que os objetivos da formação sénior feminina de andebol passam por consolidar a posição na primeira divisão nacional.
“A equipa sénior irá manter o seu principal vetor de aposta na juventude, com o plantel a ter até ao momento uma idade média de 19 a 20 anos. Queremos consolidar a nossa posição na primeira divisão nacional e prepararmos os alicerces para podermos competir para os primeiros lugares. A nossa localização geográfica não ajuda, mas temos de ser criativos e contornar as dificuldades”, adiantou, sublinhando que o clube está a pensar criar uma equipa sénior B para competir na segunda divisão nacional.

“Estamos também a pensar criar uma equipa sénior B que irá competir na 2.ª Divisão Nacional, permitindo desta forma que as atletas da formação do clube tenham mais tempo de jogo nesta sua transição da formação para o escalão sénior. Penso que esta poderá ser a grande aposta do clube para esta época, abrindo as portas das nossas jovens atletas ao escalão sénior e à sua transição para a equipa A”, frisou.
Falando da planificação da formação sénior e nas mexidas no plantel, o dirigente da formação marcoense admitiu que o clube terá de ir ao mercado para reforçar alguns setores.
“A maioria das atletas manteve a sua ligação ao clube, no entanto tivemos de procurar mais equilíbrio nas opções para colmatar também algumas saídas”, concretizou, sustentando que o clube registou a saída de quatro atletas, uma ponta esquerda, uma ponta direita, uma guarda redes e uma pivot.
“A quem agradecemos tudo quanto dedicaram a este clube”, acrescentou.
Já quanto a entradas, Jorge Guedes esclareceu que o clube reforçou o plantel sénior com as guarda-redes, Liya Mingaleeva e Maria João Calix, as pivot’s Margarida Fagundes e Beatriz Barbosa.
“Contamos ainda contratar mais uma ou outra atleta para posições ainda em défice. Mas temos de ser ponderados e rigorosos”
O dirigente confirmou, também, a subida à equipa principal de várias ex-juniores que vão trazer, concretizou, qualidade à equipa.
“Contamos ainda contratar mais uma ou outra atleta para posições ainda em défice. Mas temos de ser ponderados e rigorosos. Temos um centro de treinos na cidade do porto próximo das universidades de forma a nos aproximarmos das atletas que por lá estudam e desta forma sermos mais atrativos e competitivos”, assegurou.
Falando da aposta que o clube tem feito na formação, Jorge Guedes precisou que esta vai continuar a ser o motor e o principal vetor de desenvolvimento do emblema.
“Mantivemos o quadro técnico pois consideramos que os nossos treinadores têm muita qualidade. Iremos tentar captar também o máximo de novas atletas. Sabemos que somos considerados um dos melhores clubes nacionais na formação, e isso até se reflete no facto de sermos um clube atrativo para atletas jovens de outros concelhos, como Gaia, Santa Maria da feira e S. João da Madeira. É importante mantermos o equilíbrio de formarmos bem e tratarmos bem as nossas atletas e os nossos atletas, pensando também no futsal”, destacou.

Quanto aos objetivos das restantes equipas que integram os escalões da formação, o presidente da formação marcoense confirmou que a aposta passa fazer com que as equipas voltar a marcar presença nas fases finais dos campeonatos nacionais.
“As equipas dos nossos escalões de formação de andebol feminino têm conseguido constantes presenças nas fases finais dos campeonatos nacionais e este ano faremos o possível para as atingirmos novamente. As atletas são muito competitivas, têm muita qualidade e os títulos nacionais são sempre um objetivo final”, avançou, reconhecendo que a crise sanitária condicionou e afetou desportiva e financeiramente a associação e o clube.
“Esse será o principal problema de todos os clubes da nossa dimensão. Com muita dificuldade conseguimos manter a nossa estrutura desportiva, mas o futuro neste âmbito e a saúde financeira a curto e médio prazo é ainda uma incógnita. Contamos com a renovação dos apoios do tecido empresarial para garantirmos a sustentabilidade do clube, e é importante o apoio da autarquia assim como da família desportiva, mas a presença de público nas bancadas também poderia ser uma fonte de apoio mais presente, e por agora deveremos estar privados dessa força externa”, explicou, esclarecendo que o arranque das competições terá início no mês de outubro, atura em que irão iniciar praticamente todos os escalões.
A ARC Alpendorada tem como objetivos fomentar o andebol em Alpendorada e formar atletas e cidadãos.
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