Confraria do Presunto e da Cebola entregou prémios do concurso melhor cebola e apelou aos produtores para continuar a manter a qualidade do produto
Fotografia: Câmara de Penafiel
A Confraria do Presunto e da Cebola do Tâmega e Sousa promoveu, esta segunda-feira, o tradicional concurso das cebolas, um dos momentos mais emblemáticos da Feira de São Bartolomeu, também conhecida por Feira da Cebolas, este ano com um figurino e um modelo diferentes devido às restrições impostos pela Direção-Geral de Saúde.
Ao Novum Canal, o presidente da Câmara de Penafiel, Antonino de Sousa, realçou que apesar de todos os constrangimentos o certame cumpriu-se, na Avenida Gaspar Baltar, permitindo que os produtores desta iguaria, muito apreciada no concelho e na região, pudessem vender e escoar um dos melhores produtos da região.

“Quisemos manter esta tradição de São Bartolomeu, das cebolas na Avenida Gaspar Baltar e apesar das limitações esse objetivo tem sido concretizado ao longos destes últimos dias. Hoje que é o dia grande de São Bartolomeu conseguimos juntar, nesta parte da cidade, os produtores que têm vendido com sucesso a cebola, mas também outros produtos como o melão casca de carvalho, assim como vários produtos agrícolas”, disse, salientando que esta é uma tradição muito antiga com pergaminhos no território.
“Foi com apreensão que chegamos a pensar que não pudesse ser realizada este ano, mas felizmente cumprindo todas as regras definidas pela autoridade de saúde foi possível ter no essencial o São Bartolomeu com os produtores de cebola, com os produtores melão casca de carvalho a escoarem os seus produtos. Apesar das limitações o objetivo principal foi concretizado”, confirmou.
Joaquim Ferreira, grão-mestre da Confraria do Presunto e da Cebola do Tâmega e Sousa, manifestou estar igualmente grato pelo facto do certame ter acontecido e da confraria ter homenageado os produtores.
“Não realizamos o cortejo, mas fizemos a visita oficial, com menos confrades, só vieram mesmo os confrades da direção por causada pandemia, mas conseguimos fazer um trabalho excelente que foi tentar que os agricultores vendessem as cebolas. Hoje só temos tonelada e meia de cebola porque as restantes foram já vendidas. Era isso que pretendíamos, ajudar os produtos a escoarem o seu produto e angariarem mais algum dinheiro”, recordou, realçando o trabalho do júri e a necessidade dos produtores continuarem a apostar na qualidade desta fileira.

A este propósito, o grão-mestre recordou que o processo para a obtenção do selo IGP – Indicação Geográfica Protegida está a decorrer em bom ritmo, sendo este passo determinante para a certificação e para atestar a qualidade do produto.
Além do selo, Joaquim Ferreira sensibilizou os agricultores para a necessidade de possuírem o caderno de encargos.
“Todo o agricultor que queira fornecer cebolas para vender no supermercado tem de ter esse selo e esse selo tem exigências no campo que é o tal caderno de encargos”, atalhou, confirmando, por outro lado, que este ano foi possível manter a qualidade da cebola.
“ É importante que o produtor trate bem a cebola para que depois a Confraria possa também atestar a qualidade do produto ao consumidor.”, acrescentou, recordando que em julho a Confraria do Presunto e da Cebola do Tâmega e Sousa promoveu o “Concurso de Melhor Campo de Penafiel 2020”, iniciativa que contou com a presença de vários produtores e cuja entrega do prémio foi feita, esta segunda-feira, no âmbito do “Concurso de Melhor Cebola de Penafiel”.
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